PERGUNTAS E RESPOSTAS: XXIX - Livro da Lei

O que significa ou representa o LIVRO DA LEI em Loja?

O Livro da Lei representa o Código Moral que cada individuo ou obreiro, deve respeitar e seguir, a Fé, que nos governa e anima. É o código de moral, a fé que governa e anima a todos os maçons, significa ainda o traçado espiritual para ao aperfeiçoamento do maçom.

Também regula nossa conduta no lar, no trabalho e na sociedade, mostrando e inspirando a vivermos sempre praticando o bem. Analisando no sentido esotérico, após aberto o Livro da Lei em Loja e feito a leitura do versículo apropriado, a Loja não mais estará nas trevas, mas sim iluminada, emanando uma energia cósmica, que é recebida pela luz do altar dos juramentos, transmitida para as luzes dos altares do Venerável Mestre, e Vigilantes, irradiando a energia cósmica, que manterá o equilíbrio das colunas que sustentam a Loja.

A quem cabe abrir o Livro da Lei no início dos trabalhos? Como é o procedimento nos Ritos praticados no GOB?

A constituição do GOB prevê em seu Art. 2º. São postulados universais da Instituição Maçônica:

VIII – a manutenção das Três Grandes Luzes da Maçonaria: o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso, sempre à vista, em todas as sessões das Lojas;

REEA: o Irmão Orador é o responsável pela abertura do Livro da Lei. Leitura do Salmo 133 versículos 1,2, e 3: “ A Excelência da União Fraternal”, Cântico de Romagem, do Rei Davi .

Moderno: o Livro da Lei permanece fechado sobre o Triângulo dos Compromissos, tendo em cima o Esquadro o Compasso. O Livro é a primitiva Constituição de Anderson de 1723, se for seguida à reforma francesa de 1877. No Brasil conforme Ritual 1º Grau – Aprendiz Maçom, Rito Moderno - GOB edição 2009, temo: “O Livro da Lei em uso nas Lojas Maçônicas brasileiras é a Bíblia. No entanto, o Iniciando ou o maçom tem direito de prestar os Compromissos que a Ordem exige diante do Livro que retrate sua crença pessoal. Sua presença é obrigatória nas Lojas que praticam o Rito Moderno, sendo que durante os trabalhos permanecerá fechado, em respeito às convicções religiosas que cada Ir.’. possa ter em particular.”

Rito York: faz a abertura, mas não há leitura dos versículos; Salmo 133. Feito pelo Capelão ou Ex - Venerável.

Rito Adonhiramita: O Orador faz a abertura do Livro da Lei e a leitura do Evangelho de S. João, dos versículos do cap. 1: 6-9.

Rito Schroeder: o Livro permanece fechado; Fica na mesa do Ven.’. MESTRE.

Rito Brasileiro: faz a abertura e leitura dos versículos, o Salmo 133; Orador é quem abre.

Rito Escocês Retificado: A Bíblia já se encontra aberta no início dos trabalhos no Rito Escocês Retificado (pelo Mestre de Cerimônias) e está aberta no primeiro capitulo do evangelho de São João, com a espada do Venerável Mestre em cima (inclinada da esquerda para a direita e com a ponta dirigida para o exterior do Altar), ficando ambos sobre a mesa do Venerável Mestre. Ou seja, quando os irmãos entrarem no Templo o Livro da Lei já está aberto.

NOTA: Nos Grandes Orientes Independentes - é que usa o Evangelho de S. João cap. I, 1 a 5, que é tradicional no R.’.E.’.A.’.A.’..

Na abertura dos trabalhos que trecho da Bíblia é Lido? Declame-o.

REEA: é O Salmo 133.

Oh! quão bom e quão suave é que os Irmãos vivam em união!

É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes;

Como o orvalho de Hermom, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o Senhor ordena a benção e a vida para sempre.

Rito Adonhiramita: abre o Livro no Evangelho de S. João, cap. 1: 6-9:

'Houve um homem enviado por Deus, que se chamava João. Este veio por testemunho da Luz, a fim de que todos cressem por meio dela. Ele não era a Luz, mas veio para que desse testemunho da Luz. Era a Luz verdadeira, que alumia a todos os homens, que vêm a este mundo'.

Rito Brasileiro: Orador abre no Salmo 133 e faz a leitura do primeiro versículo: “Oh! Quão bom e quão suave é que os irmos vivam em união!”

Que objetos devem estar sobre o Altar dos Juramentos?

Geralmente sobre o Altar dos Juramentos devem estar o Livro da Lei, um Esquadro com seus ramos voltados para o Oriente e um Compasso aberto com as pontas voltadas para o Ocidente. O Livro da Lei regula a nossa conduta no Lar, no Trabalho e na Sociedade; o Esquadro símbolo de Retidão nos ensina a permanecermos fiéis para com os nossos semelhantes; e o Compasso, que representa a Justiça – ensina onde começam e onde terminam os nos direitos. Vamos ver Rito a Rito:

REEA: o Altar dos Juramentos é uma pequena mesa triangular ou uma pequena coluna de aproximadamente um metro, em cima ficam o Livro da Lei (Bíblia), um Esquadro e um Compasso. Lembrando que o iniciando tem o direito de prestar os Juramentos que a Ordem exige, sobre o Livro Sagrado de sua Crença, porém sem que a Bíblia seja retirada do Altar.

MODERNO: O Rito Moderno é tolerante, imparcial, respeitoso e neutro, quanto à exigência, para a crença em um Deus revelado, ou Ente supremo, simplesmente pelo respeito ao modo de pensar de cada individuo ou irmão. Porém no Brasil atendendo Decreto do GOB, aceita a Bíblia fechada em cima da mesa e simétrica ao Venerável Mestre, junto a uma espada Maçônica, de lâmina reta, bem como RGF, Estatuto Interno e Regimento Loja e Ritual. No Rito não tem o Altar dos Juramentos, mas sim o Triangulo dos Compromissos, sob o mesmo deverá estar a Constituição do GOB, Compasso e Esquadro com posição conforme o Grau dos Trabalhos.

ADONHIRAMITA: A frente do Altar ou mesa do Venerável, no Oriente existe um Altar triangular, denominado Altar dos Juramentos, sobre o qual há uma Bíblia, um Esquadro e um Compasso.

BRASILEIRO: A frente do Altar do Venerável e no oriente existe o Altar dos Juramentos (ou dos Compromissos), mesa triangular, adornada com toalha bordô, ornada com franjas douradas, sobre a qual ficam o Livro da Lei, (Bíblia Sagrada), Esquadro e Compasso, esses abertos em 45º, mais a Espada Flamejante com o punho voltado para o sul e três castiçais. (lembrando que o candidato pode prestar o juramento segundo sua crença, sem que a Bíblia seja retirada do altar).

YORK ou EMULAÇÃO: Não tem Altar de Juramentos e ou Compromissos. A Bíblia Sagrada fica no Altar do Venerável Mestre à sua esquerda, que é aberta pelo Capelão ou o Venerável Mestre anterior, após o esquadro e compasso com as pontas do compasso e ângulo do esquadro voltado para o Venerável.

SCHRÖDER: A Bíblia fica fechada sobre o Altar do Venerável, sobre ela o Esquadro como vértice voltado para o Ocidente e o compasso, aberto em ângulo reto, cujas pontas ficam para o Ocidente. Na Iniciação, é colocado diante do Altar um banquinho para o Compromisso.

RER: A Bíblia, aberta o Novo Testamento, no 1º Capítulo do Evangelho de São João, sempre e em qualquer simbólico do RER, fica a frente do Venerável Mestre, com uma espada transpassada (inclinada da esquerda para direita e com a ponta dirigida para o exterior do Altar), é o Ven.'. Mestre quem coloca a espada sobre a Bíblia, que já se encontra aberta. Esquadro e Compasso ficam as esquerdas da Bíblia, entrelaçados sempre, em braço direito do compasso sobre o esquadro, pontas do esquadro voltadas para o oriente, idem para o ângulo do compasso.

Quais os instrumentos sobre o Livro da Lei? E o que representam?

Verificar analise anterior, porém na maioria sobre o Livro da Lei ficam o Esquadro e o compasso.

ESQUADRO: Resulta da união da linha vertical com a linha horizontal, é o símbolo da retidão e também da ação do Homem sobre a matéria e da ação do Homem sobre si mesmo. Significa que devemos regular a nossa conduta e as nossas ações pela linha e pela régua maçônica.

Emite a ideia inflexível da imparcialidade e precisão de caráter, simboliza a moralidade.

COMPASSO: símbolo do espírito, do pensamento nas diversas formas de raciocínio, e também do relativo (círculo) dependente do ponto inicial (absoluto).

PERGUNTAS E RESPOSTAS XXVIII - As viagens e provas na iniciação significado e interpretação filosófica

Filosoficamente o que representa a Prova da Terra?

                                                                                                                 

A literatura informa que a Simbolicamente a prova da terra representa que o verdadeiro maçom deva morrer para o vício, para os erros, para os preconceitos vulgares e nascer de novo para a Virtude, para a Honra e para a Sabedoria; analisando os previsto nos Rituais temos.

REEA: A prova da terra realizada na masmorra serve para que o candidato reflita que a masmorra foi o instrumento da tirania e cerceamento da liberdade, utilizado pelos déspotas, mostrando que necessário se faz a luta pelas instituições livres, bem como a fragilidade da vida humana, nos faz refletir sobre a necessidade de eliminarmos a ignorância, o erro, as superstições e os preconceitos.

MODERNO: Não temos as provas da Terra, Ar, Agua e Fogo.

ADONHIRAMITA: No que pese o candidato ser deixado no local onde se faz a prova da terra nada é mencionado sobre a prova da terra, mas um irmão com termo específico, ao conversar e passar informações ao candidato. Informa que na literatura exotérica tem-se que a iniciação gira em torno dos elementos terra, ar, agua e fogo.

BRASILEIRO: Inicialmente o candidato é enclausurado conforme os demais Ritos, porém nada é dito sobre a prova da Terra, a não ser “Já passastes pela primeira prova das antigas iniciações, a da Terra...”.

YORK ou EMULAÇÃO: No Ritual nada consta sobre a prova da Terra.

SCHRÖDER: Nada é dito sobre a prova da terra.

RER: Candidato passa como os demais Ritos pela Câmara, porém nada é comentado sobre a prova da Terra.

Qual o significado da primeira viagem? Filosoficamente o que significa a Prova do Ar?

REEA: A prova do Ar, em sua viagem, com o seu ruído e com os seus trovões, representa o segundo elemento, o AR, símbolo da vitalidade ou da Vida, que com os seus meteoros e contínuas flutuações, é o emblema da vida, sujeita a contraditórias variações e obstáculos.

A prova do ar representa o progresso de um povo, e o progresso é a vida geral da humanidade, é o seu avançar coletivo, ela encontra delongas e obstáculos, tem suas estações e as suas noites, mas sabe vencer todos os tropeços e tem o seu despertar.

MODERNO: Não tem a provado ar. A primeira viagem simboliza a Infância e a Família. A criança é incapaz de prover por si só suas necessidades, mas tem o direito à conservação, à educação e à instrução. Cabe aos pais satisfazerem esse direito. O iniciando privado da luz, incapaz de dar os primeiros passos, representa a criança, e os dois maçons se sustentam o iniciando, representam os pais. A viagem é o emblema da vida humana; o tumulto das paixões, o choque dos diversos interesses, e os obstáculos que se multiplicam no caminhar maçônico.

ADONHIRAMITA: Representa a vida humana, envolvida no tumulto das paixões, choques de interesses diversos, obstáculos encontrados a cada passo, anseios de progresso material e espiritual, são simbolizados nos ruídos e desigualdades do terreno caminhado.

BRASILEIRO: Essa viagem com seus ruídos e obstáculos, representa o elemento AR, símbolo da vitalidade, emblema natural e próprio da vida humana, com as suas agitações e calmarias.

YORK ou EMULAÇÃO: No Ritual GOB ed. 2009 não existem viagens, só apresentação;

SCHRÖDER: Nada é dito sobre a prova do ar.

RER: O candidato é o “Demandador”. O homem nas trevas não deve guiar a si mesmo e caminhar sem guia, visto que afasta-se e perde-se, mas só poderá proteger-se do erro se tiver confiança na Ordem e seguir aqueles que devem conduzi-lo no caminho a percorrer. Na primeira viagem passa por caminhos tortuosos e com obstáculos, É lembrado que o fogo consome a corrupção, mas devora o ser corrompido. O homem é a imagem imortal de Deus, porém ele próprio a desfigura.

Qual o significado da segunda viagem? Filosoficamente qual o significado da Prova da Água?

REEA: Significa o Batismo do Corpo, simbolizando a pureza da vida Maçônica. Filosoficamente a Prova da Água é a purificação simbólica da ala constituindo uma parte indispensável do cerimonial.

A prova da água é simbolicamente a purificação da alma, e assim como o oceano é um símbolo do povo, a cujos serviços dedicam-se os verdadeiros maçons, que não deveis deixar de servir ao povo quando ele precisar dos vossos serviços, conduzindo-o sempre pelos caminhos da Liberdade e da Justiça.

O oceano é um símbolo do povo, a cujo serviço dedicam-se os Maçons. Inerte na calmaria, ele é agitado e revolto pelo maior movimento que lhe dão os ventos. Sua instabilidade e fúria retratam os capricho e as vinganças cruéis de um povo povo desordenado. Suas correntes, idênticas a opinião popular. Como o marinheiro que enfrenta os riscos do naufrágio, o patriota, que quer servir ao povo, deve arriscar-se, mesmo que odioso a ser esmagado pela sua fúria cega. Sempre o Maçom deve servir ao povo, se assim o precisar, conduzindo pelos caminhos da Liberdade e Justiça.

MODERNO: No Rito não temos a Prova da Agua, porém a segunda viagem presenta a Juventude e o Mestre. O adolescente após ser orientado pelos pais, para sua continuidade de aprendizado, necessita ao auxilio do Mestre, que proporcionará o desenvolvimento das faculdades intelectuais, para a transmissão dos conhecimentos profissionais. O tinir das espadas representam os combates que o homem virtuoso deve estar, de continuo, a sustentar para triunfar na luta contra o vício.

ADONHIRAMITA: Simboliza o caminhar para a virtude, os tinidosde armas, que ocorrem simbolizam o combate que o homem virtuoso deve sustentar, diariamente, em toda sua existência, para triunfar os ataques do vício. Não passa pelas aguas purificadoras.

BRASILEIRO: Viagem com o tinir de espadas, representa o combate que o homem virtuoso trava contra o vício. Purificado pela agua deverá lembrar que não será instrumento de ações reprováveis. Prova da água, serve para a purificação simbólica da alma, como se fazia pelo Batismo. Lembrar que o oceano é para os maçons o símbolo do povo, que com sua instabilidade e fúria representam os caprichos e vinganças de um povo exaltado e desatinado. Suas correntes são iguais as opiniões popular, quando esclarecia. Lembrar que servir o povo não é só corteja-lo, mas sim instrui-lo e engrandece-lo

YORK ou EMULAÇÃO: No Ritual GOB ed. 2009 não existem viagens, só apresentação;

SCHRÖDER: Nada é dito sobre a prova da água.

RER: É o perseverante. A viagem é para a dissolução das coisas impuras, motivo em que as mãos são mergulhadas na água, para afastar as influencias funestas e os princípios de putrefação. Toma ciência que aquele que envergonha da Religião, da Virtude e dos seus Irmãos é indigno da estima e da amizade dos Irmãos.

Qual o significado da terceira viagem? Filosoficamente qual o significado da Prova do Fogo?

REEA: Representa a viagem de regresso ao interior do próprio ser, colocando a sua natureza dividida frente a natureza terrena. O fogo, cujas chamas sempre simbolizaram aspiração, fervor e zelo, lembrará que devemos aspirar a excelência e a verdadeira glória e trabalhar com dedicação pelas causas em que nos empenharmos, principalmente as do povo, da Pátria e da Ordem. É o ultimo modo de purificação simbólica, cujas chamas simbolizam aspiração, fervor e zelo.

A prova do fogo cujas chamas simbolizam as aspirações, fervor e zelo, lembra ao maçom que deveis aspirar a excelência e a verdadeira glória e trabalhar com dedicação pelas causas em que empenhardes principalmente as do povo, da Pátria e da Ordem.

MODERNO: No Rito não existe a prova do Fogo, mas a terceira viagem representa a Idade Madura e o Amigo. Na idade madura o homem chegou a plenitude do seu desenvolvimento, porem necessita ainda auxilio e apoio, pois isolado, nada pode realizar. Se oprimido pela injustiça, se vitima de acidente, se na indigência ou enfermo, o homem necessita de socorro e auxílio. Deve receber conselhos e animações dos seus semelhantes mais sábios ou mais instruídos.

ADONHIRAMITA: Após passar pelas chamas purificadoras. A terceira viagem simboliza o ápice da transformação do homem comum em iniciado, tendo seus sentidos aguçados, visto que o silencio propicia uma consciente reflexão, possibilitando melhor assimilação dos conhecimentos, reforçam suas convicções e fortalece o seu estado de espirito, fica seguro para superar com serenidade, as adversidades da vida e buscar com perseverança e fé o aprimoramento e constante evolução espiritual.

BRASILEIRO: Viagem sem obstáculos. Essa viagem é a prova do fogo, ultimo processo de purificação simbólica, ficando isento de qualquer imperfeição profana.

YORK ou EMULAÇÃO: No Ritual GOB ed. 2009 não existem viagens, só apresentação;

SCHRÖDER: Nada é dito sobre a prova do fogo

RER: Na terceira viagem é o sofredor, é apresentado um vaso com Terra, é informado que o grão lançado à erra recebe dela a vida, mas se os seu germe está alterado, a própria terra acelera a putrefação. É lembrado que o maçom que não abrir o seu coração às necessidades e aos infortúnios dos outros homens é um monstro na sociedade dos Irmãos.

O que significa a purificação pelo FOGO?

Significa a eliminação das nódoas do vicio. As chamas simbolizam também as aspirações, o fervor e o zelo.

O que é dito ao iniciado quando bate em cada uma das portas?

Na primeira mandam-no passar, na Segunda é purificado pela água e, na terceira, é purificado pelo fogo conforme o Rito.

O que significa as três portas que batestes?

Significa as três disposições necessárias à procura da Verdade: Sinceridade, Coragem e Perseverança. No Painel da Loja são as Três Luzes de Três Janelas.

Por que se encontram facilidades na terceira viagem?

Porque mostra o estado de paz e tranquilidade quando se está protegido pelos irmãos.

PERGUNTAS E RESPOSTAS XXVII - Traje maçônico, Balandrau e Avental

Qual é o correto traje para as sessões maçônicas?

REAA: Os Maçons presentes às Sessões Ordinárias e obrigatoriamente nas Magnas estarão trajados de acordo com o Rito, terno, sapatos, cinto e meias na cor preta, camisa branca, gravata preta lisa sem ornamentos, podendo portar somente suas insígnias e condecorações relativas aos graus simbólicos. Nas demais sessões, admite-se o uso do balandrau preto, com gola fechada, comprimento até o tornozelo e mangas compridas, sem qualquer estampa ou insígnias estampados, desde que usados com camisa branca, calças, sapatos, cinto e meias pretos, não sendo permitido o uso de tênis ou similares. É admitido paramentos de Graus Filosóficos somente para as Luzes do Supremo Conselho, visto existência de Tratado Maçônico de Reconhecimento, Aliança e Amizade.

MODERNO: Nas Sessões Ordinárias o Rito prevê camisa branca, terno, sapatos, cinto, meias na cor preta, podendo a gravata ser na cor preta ou azul-marinho, lisa sem ornamentos, modelo tradicional ou borboleta, sendo permitido o uso de insígnias e condecorações relativas ao Grau Simbólicos. Demais sessões é permitido o uso do balandrau igual ao estabelecido pelo REAA, idem para os paramentos de Graus Filosóficos.

ADONHIRAMITA: O traje é terno preto liso, sapatos, cinto e meias na cor preta, são brancas a camisa, as luvas e a gravata, que não deve ter qualquer detalhe, essa nas sessões ordinárias corrida e borboleta nas magnas. O balandrau somente é permitido, ritualisticamente, para o Ir.’. Terr.’., nas sessões magnas de iniciação, não sendo permitido em qualquer sessão. Somente é tolerável a IIr.’. VVist.’., desde que preto, gola fechada, comprimento até o tornozelo e mangas compridas. Não é permitido o uso de tênis ou similares. Todos os MMestr.’. usam chapéu preto, espada e avental. O Venerável Mestr.’. e Vigilantes usam punhos e colares com as respectivas joias do cargo.

BRASILEIRO: Nas sessões Ordinárias e obrigatoriamente nas Magnas devem estar trajado de acordo com o Rito, terno, sapato, cinto e meias na cor preta, camisa branca, gravata bordô, lisa sem ornamentos, modelo tradicional ou borboleta, podendo porta somente suas insígnias e condecorações relativas aos graus simbólicos. Nas demais sessões, admite-se o uso do balandrau preto, com gola fechada, comprimento até o tornozelo e magas compridas, sem qualquer estampa ou insígnias estampados, desde que usado com camisa branca, calça, sapatos, cintos e meias pretos, não sendo permitido o uso de tênis ou similares.

YORK ou EMULAÇÃO:  Traje maçônico ou seja: terno, sapatos, cinto e meias na cor preta, camisa branca, gravata preta lisa sem ornamentos, podendo portar somente suas insígnias e condecorações relativas aos graus simbólicos. Não Admite Balandrau para os Irmãos do quadro, porem,nas demais sessões, admite-se o uso do balandrau preto para visitantes.

SCHRÖDER: No item “Vestuário Maçônico” temos:  

            a-) traje social previsto pelo Grande Oriente do Brasil;

            b-) gravata borboleta branca;

            c-) avental, visível e de acordo com o Grau do Portador;

            d-) cartola;

            e-) luvas brancas;

            f-) Distintivo (Joia) da Loja, sempre; de outras Lojas ou Obediências, 

somente naquela que a concedeu;

            g-)  Joia de seu cargo;

            h-) Insígnias de Altos Graus, assim como condecorações e medalhas não 

maçônicas não são permitidas.

Nota: “Loja de Mesa” é o Vestuário maçônico, porém, sem cartola e luva.   “Loja de Funeral” é o vestuário habitual sem condecorações.

RER: O traje no RER é camisas e luvas brancas, terno preto liso também é preto os sapatos, cinto, meias e gravata, essa não deve ter qualquer distintivo ou inscrição, devendo ser corrida nas sessões ordinárias e magnas, podendo ser usado do tipo borboleta nas magnas, é vedada a entrada de quem desrespeitar a vestimenta. No RER não se usa o Balandraus. O Venerável Mestre tem a prerrogativa de autorizar trabalhar em camisa, isto é, sem o paletó, somente nos casos de altas temperaturas. Também é obrigatório o uso do Tricórnio (espécie de chapéu) e da Espada, porém somente os Mestres podem se cobrirem em Loja, já os Aprendizes e Companheiros deverão colocar o chapéu sob o braço esquerdo. Elementos esses relacionados a simbologia, sendo o chapéu a ternária e a espada a crística e templária.

O QUE É O BALANDRAU?

É o traje antigo usado pelos maçons com formato de “opa” ou capote longo, com mangas compridas e capuz, hoje simplificado como simples capa ou beca.

REEA: Sessões não magnas admite-se o uso do Balandrau preto, com golas fechada, comprimento até o tornozelo e mangas compridas, sem qualquer estampa ou insígnias estampados, desde que usado com camisa branca, calça, sapatos, cintos e meias pretos, não sendo permitido o uso de tênis ou similares.

MODERNO: idem REEA;

ADONHIRAMITA: Não é utilizado, vide TRAJE, porém admitido para Irmãos visitantes.

BRASILEIRO: idem REEA

YORK ou EMULAÇÃO: Idem REEA

SCHRÖDER: Não é previsto o uso de Balandrau.

RER: Não é previsto o uso de Balandrau

Porque sois sempre obrigados a trazer o seu avental em Loja, assim como os demais irmãos?

O Avental é o símbolo do Trabalho, portanto o maçom não pode adentrar na Loja sem o mesmo; também é considerado como o símbolo da fraternidade, visto que o maçom deve trabalhar em busca da verdade.

Sendo o avental símbolo de fraternidade, poderá ele ser usado entre dois irmãos desavindos? O que deve ser feito então?

Se dois Irmãos tiverem desentendimentos, não devem entrar em Loja, mas sim utilizarem a Trolha para aparar as arestas existentes, finda a divergência, ai sim podem colocar suas insígnias e adentrar no Templo, porém se animosidade persistir, caberá ao Ven.’. Mestre formar o Conselho de Família, para tomar as providencias necessárias

PERGUNTAS E RESPOSTAS XXVI - Simbolismo das Viagens no 1º Grau

Qual o Simbolismo da primeira viagem?

REEA: A primeira viagem com seus ruídos e trovões representa a prova do AR, porém simboliza o emblema da vida, sujeita a contraditórias variações. Também representa o progresso de um povo, ou da humanidade; com inúmeros obstáculos, mas com persistência consegue vence-los, finalmente lembra que após o temporal vem a calmaria, após as revoluções vem o progresso, assim o maçom com persistência ajudará o seu pais a progredir, com coragem e constância.

MODERNO: A primeira viagem “A Infância – A Família” emblema da vida humana; o tumulto das paixões, o choque dos diversos interesses, as dificuldades e obstáculos, simboliza a infância, visto que a criança vem ao mundo nua, fraca, incapaz de prover por si só, porém traz três direitos: à conservação, à educação e à instrução, que devem ser providos pelos pais.

ADONHIRAMITA: Viagem cheia de obstáculos, é a representação da vida humana, envolvida no  tumulto das paixões, nossos anseios de progresso material e espiritual.

BRASILEIRO: Percorre um caminho difícil cheio de obstáculos, com seus ruídos e obstáculos represente ao segundo elemento o AR, símbolo da vitalidade, emblema natural e próprio da vida humana, com as suas agitações e calmarias.

YORK ou EMULAÇÃO: não existe viagens.

SCHRÖDER: Existe somente uma viagem com três voltas na Loja. Quando o iniciado retorna ao Ocidente, o V.’. M.’. instrui sobre que poucos tem a luz da razão expandida, instruindo que o candidato deve aspirar seu enobrecimento moral e prover o verdadeiro bem estar dos seus Irmãos.

RER: Demandador, o homem é a imagem imortal de Deus, considerada como a prova do Fogo. “O fogo consome a corrupção, mas devora o ser corrompido”.

Qual o simbolismo da segunda viagem?

REEA: Prova da água, ou seja, o Batismo pela água. Representado pelo oceano que é inerte na calmaria e agitado ou revolto no maior movimento dos ventos; sua instabilidade e fúria retratam os caprichos e vinganças de um povo desordenado. O maçom deve servir ao povo, conduzindo-o pelos caminhos da Liberdade e da Justiça.

MODERNO: Segunda viagem representa a Juventude – o Mestre, com o tinir de espadas, o jovem necessita a continuidade da educação iniciada pelos pais, que agora possivelmente não tem condições de avança, então será auxiliado pelo Mestre para a transmissão dos conhecimentos profissionais. O tinir das espadas figuram os combates que o homem virtuoso deve estar, de continuo, a sustentar para triunfar na luta contra o vício.

ADONHIRAMITA: Com tinir de espadas, serve para tornar sensível o espírito, para a constância de seguir o caminho da virtude; o tinir simboliza os combates que o homem virtuoso deve sustentar, durante toda sua existência, para triunfar dos ataques dos vícios.

BRASILEIRO: Feita com tinir de espada, simboliza o constante combate que o homem virtuoso deve travar contra o vício. Prova da agua, lembra que os homens são gotas do oceano da humanidade, que o patriota deve servir o povo instruindo e engrandecendo-o.

YORK ou EMULAÇÃO: não tem

SCHRÖDER: não tem

RER: Perseverante. Prova da água, afastando as influencias funesta e os princípios de putrefação.

Qual o simbolismo da terceira viagem?

REEA: Purificado pelo Fogo o maçom deve ter a consciência do trabalho pelo povo, Pátria e Ordem, praticando a solidariedade humana, sempre que possível, porém sem ostentação, sem vaidades, sem orgulho, mas com a verdadeira humildade maçônica, guardando o profundo segredo do ato. Parte de seu trabalho deve ser dedicado também no socorro das viúvas e órfãos.

MODERNO: Essa viagem representa a idade madura. Porém nesse período o homem ainda necessita de auxilio e apoio, isolado, não poderia levar a termo nenhuma empresa. Se oprimido pela injustiça, torna-se vítima de um acidente, se fica na indigência ou enfermo, ele necessita de socorro e auxilio de seus semelhantes mais sábios ou mais instruídos.

ADONHIRAMITA: Ao passar pelas chamas purificadoras, somem todas as impurezas profanas. Após purificado o homem comum realmente transforma-se em iniciado, já está preparado para melhor compreensão dos ensinamentos, no sentido de superar com segurança, serenidade as adversidades da vida e buscar, com perseverança e fé o aprimoramento imprescindível para a constante evolução espiritual. Estará preparado para fazer atos de beneficência sem ostentação e vaidade, mantendo o profundo segredo sobre esses atos.

BRASILEIRO: Passando pelas chamas purificadoras, são eliminados todos os vestígios do mundo profano.

YORK ou EMULAÇÃO: Não existe viagem conforme outros Ritos.

SCHRÖDER: Não tem a terceira viagem.

RER: Sofredor.  Prova do elemento terrestre, após receber um vaso com terra, manuseá-la, é instruído que se o grão lançado à terra ter o germe alterado, a própria terra fará com que putrefaça, sendo que o maçom deve abrir o seu coração às necessidades e aos infortúnios dos outros homens, mas se caso contrário será considerado como um monstro perante a sociedade.