MÓDULO 19
VESTIMENTA E PARAMENTOS
O
Ritual 1º Grau – Aprendiz Maçom do REAA edição 2009, pag. 33 prevê:
“Os Maçons presentes as Sessões
Ordinárias e obrigatoriamente nas Magnas estarão trajados de acordo com o Rito,
terno, sapatos, cinto e meias na cor preta, camisa branca, gravata (preta, lisa
sem ornamentos, modelo tradicional ou borboleta), podendo portar somente suas
insígnias e condecorações aos graus simbólicos.”
“Nas demais sessões, admite-se o uso
do balandrau preto, com gola fechada, comprimento até o tornozelo e mangas
compridas, sem qualquer estampa ou insígnias estampados, desde que usado com
camisa branca, calça, sapatos, cinto e meias pretos, não sendo permitido o uso
de tênis ou similares.”
O
Ritual 1º Grau – Aprendiz Maçom do REAA edição 2009, pags. 34/35, prevê: que
a insígnia de Aprendiz consiste no Avental, de pele branca, retangular de 30 cm
por 40 cm, com abeta triangular de 15 cm de altura, preso à cintura por cordões
ou fitas pretas. A Abeta estará sempre levantada.
Os demais OObr.'. usarão seus aventais normalmente,
sendo que os Mestres trarão ainda a fita respectiva, com a devida joia a ela
apensa, de Mestre Instalado ou de Mestre Maçom, conforme o caso.
O Ven.'. Mestre, os VVig.'. e as Dignidades usam suas joias
apensas ao colar azul-celeste e os demais Oficiais usam a joia apensa a fita ou
faixa azul-celeste usada a tiracolo. O Ven.'. Mestre ainda usará punhos de seda branca, orlado em
azul-celeste, tendo bordada na face externa a joia do cargo.
O AVENTAL
O
Avental de Apr\é
de pelica branca, com a abeta levantada; legado que a maçonaria moderna recebeu
da maçonaria operativa, lembra o avental de couro usado pelos canteiros
medievais - trabalhadores em cantaria, no esquadrejamento da pedra informe -
para a proteção do corpo, durante o desbastamento da pedra bruta. A abeta
levantada, (ternário) significa que o aprendiz não sabe ainda trabalhar e
precisa proteger-se.
O
Maçom tem o primeiro contato com essa insígnia na iniciação. O Ven.'. diz “...Ir.'. tomai e usai esse Avental, a que
chamamos vestido, que grandes homens, verdadeiros benfeitores da humanidade, se
honraram de trazer. Com ele devereis estar sempre revestido durante as nossas
sessões. É o símbolo do trabalho e vos lembrará que um Maçom deve ter sempre
uma vida ativa e laboriosa” (vide pag. 136 do Ritual 1º Grau – Aprendiz REEA
GOB Ed. 2009)
Temos
duas interpretações místicas sobre o Avental de Aprendiz:
1-) Acreditava-se, que a sede das
emoções humanas era o epigástrio, (boca do estomago), como sendo o local mais
importante do plexo solar; portanto estando levantada a abeta do aventa, essa
cobriria a região, impedindo que as emoções do Aprendiz, ainda incontrolada,
pudesse perturbar os trabalhos da Loja.
2-) Avental feito de duas partes,
uma quadrada e outra triangular, corresponde tridimensionalmente, à Pedra
Cúbica, ainda bruta. Essa interpretação traz que o quadrado é o símbolo da
matéria, já o triangulo representa o espírito; considerando o Aprendiz, ainda
imperfeito, não existe integração do espírito com a matéria.
Já
o Companheiro Maçom que trabalha na pedra cúbica (pedra bruta já polida), usa o
avental com a abeta abaixada (quaternário), visto não mais precisar de tanta
proteção para o corpo.
Após
passar seis meses com a abeta abaixada, provar seu merecimento, pode passar
para a condição de Mestre que simbolicamente planeja e dirige, portanto apto a
usar o avental branco, porem orlado de azul-celeste, no contorno e abeta.
O
azul está associado com a dedicação espiritual, simboliza a piedade, o
equilíbrio, a lealdade e a sabedora. Forrado de preto, possui uma roseta azul
celeste no centro da abeta, que estará sempre descida, e duas rosetas iguais,
uma em cada lado inferior do avental; no centro das rosetas, um botão também
azul-celeste.
O
Mestre Instalado também usa o mesmo avental, porem existe diferença, que ao
invés de rosetas, traz três (Taus) invertido e de metal dourado; junto a ponta
inferior do triângulo, duas fitas azuis com franjas, formadas por sete
correntes de sete elos dourados e pequenas esferas também douradas.
Além
do avental o Mestre possui a Fita:
Uma
Fita - Os mestres usam uma fita azul-celeste de 10 cm de largura, forrada de
preto, posta a tiracolo, do ombro direito para o esquerdo.
Sua Joia – Um esquadro prateado com ramos iguais,
pendente da fita de mestre, com a abertura voltada para baixo.
MESTRE INSTALADO E VENERÁVEL
Um
Colar – Azul celeste, com 10 cm de largura, com um ramo de Acácia bordado na
cor dourada, de cada lado, no vértice formado pelo colar, há a figura de um
delta radiante com o olho onividente. O colar é forrado de preto.
Sua
Joia - É um esquadro dourado com ramos desiguais, pendentes do colar, com a
abertura voltada para baixo e a haste maior a direita.
Punho
– com seda branca orlado com azul celeste com um ramo de acácia de cada lado,
tendo bordado na face externa a joia do cargo.
JOIA DO EX-VENERÁVEL MESTRE ou
MESTRE INSTALADO
NOTA:
Não é permitido usar qualquer tipo de condecoração, recompensa, cruz, colar,
pingente, medalhão maçônico, etc, por sobre o colar dos mestres e autoridades,
mesmo que sejam emblemas maçônicos.
As
autoridades Dep.'. Fed.'., Estad.'., Gr.'. Secr.'., Min.'. e outros que tem os seus paramentos
específicos da representação, tem assento no Or.'. diretamente independente de convite
do V.'. M.'. , evitando os constantes
constrangimentos do Ven.'. ter que interromper a Sessão, pedindo para o Mestr.'. de Cer.'. convidá-los a tomar acento no Or.'. .
Lembremos
que o uso do Avental se liga a costumes antiquíssimos relatados na Bíblia,
quando Moisés instruiu os hebreus para que tivessem os rins cingidos na noite
da libertação do jugo egípcio, nos mistérios persas, na Grécia cerca de 40
séculos antes de Cristo, no Hindustão ou nas Américas, sempre com a finalidade
de isolar e de filtrar as vibrações primitivas que atuam no corpo do Homem
evitando que seu pensamento seja desviado dos planos superiores para o plano
das forças mais densas. Só durante o século XVIII é que começaram a surgir os
aventais com ornamentos distintivos de graus e cargos.
AS LUVAS
Conforme
pag. 137 do Ritual 1º Grau – Aprendiz Maçom do REAA, GOB Ed. 2009, na iniciação
o VM.'. entrega
ao Ir.'. um
par de luvas para homem dizendo: “– Essas luvas são o símbolo da vossa admissão
no Templo da Virtude e indicam, pela sua brancura, que nunca deveis mancha-las,
introduzindo as vossas mãos nas águas lodosas do vício.”, bem como um par de
luvas de mulher dizendo: “- Estas são destinadas àquela que mais direito tiver
à vossa estima e ao vosso afeto”.
Analisando
o Ritual, não verificamos nenhuma outra citação sobre o uso das luvas. Se
seguíssemos as tradições, deveríamos usar as Luvas Brancas em todas as Sessões,
ou especialmente nas Sessões Magnas, mas essa tradição vem caindo pouco a
pouco, em especial nos países tropicais. Esse costume não foi de todo
abandonado, Maçons de Lojas centenárias ainda tem o costume de utilizar luvas
nas Sessões Magnas.
Buscando
na historia, temos que o uso das luvas é muito antigo, dizem que remonta ao
tempo das cavernas. Com relação ao uso das luvas, encontramos citações nos
poemas de Homero, segundo Xenofonte os Persas já as usavam, existindo também no
Museu do Cairo um artefato estilo de luva, feito em linho e com cadarço para
abotoar no pulso, que segundo dizem foi encontrado na tumba do rei egípcio
Tutancâmon.
O
trabalhador em pedra, além do avental, necessitava de algo para proteger suas
mãos, evitando-se acidentes, ao manusear as ferramentas e pedras. Na Maçonaria
Operativa o uso de Luvas não tinha outro
significado e ou utilidade, a não ser a de proteger as mãos contra qualquer
ferimento.
A
Maçonaria Especulativa manteve a tradição do uso das Luvas, porem com
significado diferente, agora a proteção era para o ambiente, isto é, o Templo,
das impurezas das mãos.
O
Templo lugar sagrado, livre de imperfeições, livre dos metais, não pode ser
maculado pelas mãos do Maçom, imperfeito, que esta a busca do aperfeiçoamento.
Temos
três situações, que o maçom em Loja deve retirar as luvas:
- no manuseio de dinheiro;
- quando assumir compromisso perante
as três Grandes Luzes da Maçonaria: o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso;
- quando participa da Cadeia de
União.
BALANDRAU
Palavra
originada do latim medieval Balandrana, que significa vestimenta de mangas
largas, abotoada na frente e, pelo uso, designava certas roupas usadas por
confrarias, normalmente em cerimônias religiosas.
Trata-se
de uma veste talar, na cor preta, colarinho alto que deverá estar sempre
fechado. Existem alguns ritos que não permitem o uso do balandrau.
O
uso do terno e ou balandrau preto, visa a harmonização do ambiente e das
pessoas, gerando um clima psicológico favorável à integração e ao controle. O
uso da cor preta, sendo que preto não é cor, mas sim ausência de cor, bem como
que toda superfície preta tem mais facilidade de absorver energia de qualquer
natureza, sua utilização em nossos Templos, é em virtude de que buscamos,
esotericamente, captar energias cósmicas, fluidos positivos ou forças astrais
superiores para nosso fortalecimento espiritual. Considerando que a cor preta absorve energia
e não emana, seu uso propicia que eventuais energias negativas, que
eventualmente levamos para o Templo, não sejam transmitidas aos nossos irmãos.
NOTA: A abordagem efetuada sobre
vestimenta e paramentos foi exclusivamente no contesto do REAA adotado pela
nossa Loja e em conformidade com nosso Ritual. Existem outros Ritos que tem
paramentos diferentes dos nossos a serem analisados oportunamente.
A VESTIMENTA NOS DEMAIS RITOS
PRATICADOS NO
GOB – GRANDE ORIENTE DO BRASIL É:
MODERNO: Nas Sessões Ordinárias o Rito prevê
camisa branca, terno, sapatos, cinto, meias na cor preta, podendo a gravata ser
na cor preta ou azul-marinho, lisa sem ornamentos, modelo tradicional ou
borboleta, sendo permitido o uso de insígnias e condecorações relativas aos
Graus Simbólicos. Nas demais sessões é permitido o uso do balandrau igual ao
estabelecido pelo REAA, idem para os paramentos de Graus Filosóficos.
ADONHIRAMITA: O traje é terno preto liso,
sapatos, cinto e meias na cor preta, são brancas a camisa, as luvas e a
gravata, que não deve ter qualquer detalhe, essa nas sessões ordinárias corrida
e borboleta nas magnas. O balandrau somente é permitido, ritualisticamente,
para o Ir.’. Terr.’., nas sessões magnas de iniciação, não sendo permitido em
qualquer sessão. Somente é tolerável a IIr.’. VVist.’., desde que preto, gola
fechada, comprimento até o tornozelo e mangas compridas. Não é permitido o uso
de tênis ou similares. Todos os MMestr.’. usam chapéu preto, espada e avental.
O Venerável Mestr.’. e Vigilantes usam punhos e colares com as respectivas
joias do cargo.
BRASILEIRO: Nas sessões Ordinárias e
obrigatoriamente nas Magnas devem estar trajado de acordo com o Rito, terno,
sapato, cinto e meias na cor preta, camisa branca, gravata bordô, lisa sem
ornamentos, modelo tradicional ou borboleta, podendo porta somente suas
insígnias e condecorações relativas aos graus simbólicos. Nas demais sessões,
admite-se o uso do balandrau preto, com gola fechada, comprimento até o
tornozelo e magas compridas, sem qualquer estampa ou insígnias estampados,
desde que usado com camisa branca, calça, sapatos, cintos e meias pretos, não
sendo permitido o uso de tênis ou similares.
YORK ou EMULAÇÃO: Traje maçônico ou seja: terno,
sapatos, cinto e meias na cor preta, camisa branca, gravata preta lisa sem
ornamentos, podendo portar somente suas insígnias e condecorações relativas aos
graus simbólicos. Nas demais sessões, admite-se o uso do balandrau preto.
SCHRÖDER: No item “Vestuário Maçônico”
temos:
a-) traje social previsto pelo
Grande Oriente do Brasil;
b-) gravata borboleta branca;
c-) avental, visível e de acordo com
o Grau do Portador;
d-) cartola;
e-) luvas brancas;
f-) Distintivo (Joia) da Loja,
sempre; de outras Lojas ou Obediências, somente naquela que a concedeu;
g-)
Joia de seu cargo;
h-) Insígnias de Altos Graus, assim
como condecorações e medalhas não maçônicas não são permitidas.
Nota:
“Loja de Mesa” é o Vestuário maçônico, porém, sem cartola e luva. “Loja de Funeral” é o vestuário habitual sem
condecorações.
RER: O traje no RER é camisas e luvas
brancas, terno preto liso também é preto os sapatos, cinto, meias e gravata,
essa não deve ter qualquer distintivo ou inscrição, devendo ser corrida nas
sessões ordinárias e magnas, podendo ser usado do tipo borboleta nas magnas, é
vedada a entrada de quem desrespeitar a vestimenta. No RER não se usa o
Balandraus. O Venerável Mestre tem a prerrogativa de autorizar trabalhar em
camisa, isto é, sem o paletó, somente nos casos de altas temperaturas. Também é
obrigatório o uso do Tricórnio (espécie de chapéu) e da Espada, porém somente
os Mestres podem se cobrirem em Loja, já os Aprendizes e Companheiros deverão
colocar o chapéu sob o braço esquerdo. Elementos esses relacionados a
simbologia, sendo o chapéu a ternária e a espada a crística e templária.
OBSERVAÇÃO: LEMBRANDO QUE O USO DO
AVENTAL É OBRIGATORIO EM TODOS OS RITOS ELENCADOS.
imagens obtidas na internet através do Google.