O que são os Landmarks?
A palavra
Landmark originaria do inglês, provem de LAND que significa terra, país,
terreno ou território e MARK com o significado de marco, sinal, mancha,
LANDMARK seria o lugar conhecido ou marco de território.
Os Landmarks
são as Leis Fundamentais e imutáveis, ou seja as regras de conduta que existem
desde tempos imemoriais, quer sejam escrita ou não. A palavra LandMark foi
mencionada pela primeira vez no ano de 1720 na edição dos Regulamentos Gerais
da Maçonaria e incluídos em 1721 ou 1723 (divergência entre autores) na
Constituição de Anderson (Bispo James Anderson)
Nicola Aslan
em Landmarques e outros Problemas Maçônicos, cita em várias Grandes Lojas
situadas na América, possuem um numero diferente de Landmarks, variando de 03 a
54, porém Mackey (1845) ou seja Albert Galletin Mackey (1807 a 1881) define
como sendo 25 os LandMarks, que atualmente conhecemos.
Landmarks são
dogmas maçônicos, que não deve ser questionado.
Qual a duração dos LANDMARKS?
Atualmente os
maçons aceitam que são eternos e imutáveis, prevendo que serão os mesmo
enquanto a maçonaria perdurar.
Existe consenso entre os autores ou
pesquisadores maçons sobre os Landmarks?
Vejamos como
a maioria dos autores maçônicos se expressa sobre os Landmarks:
Albert G. Mackey – “Há diversidade de opiniões entre os
tratadistas a respeito da natureza dos antigos landmarks da Maçonaria: porém o
melhor método será limitá-los aos antigos e universais costumes da Ordem que
acabaram por concretizar-se em regras de ação, ou que se articularam em leis
por alguma autoridade competente, e o seria em tempo tão remoto que não deixou
sinal na história.” (Jurisprudence of Freemasonry, e apresenta sua relação com
25 landmarks)
Albert Pike – “Os princípios fundamentais da antiga
Maçonaria Operativa eram poucos e simples e não se chamavam Landmarks.” (Atas
da Veterana Associação Maçônica, transcritas por T. S. Parvin, onde critica
Mackey e no final relaciona 5)
Bernard E. Jones – “Seria impossível, portanto, alguém
dogmatizar em matéria em que a Grande Loja (a da Inglaterra) não fez qualquer
pronunciamento, e em que os Maçons com experiência não podem concordar.
Infelizmente existe a tendência de se usar a palavra “landmark” como um
substantivo conveniente para descrever algo que não tem significado definido.”
(Freemasons Guide and Compendium).
George Oliver, Rev. – “A respeito dos landmarks da Maçonaria,
alguns se limitam aos sinais, toques e palavras. Outros incluem as cerimônias
de iniciação e exaltação; os ornamentos, paramentos e jóias da Loja ou seus
símbolos característicos. Outros opinam que a Ordem não tem outros landmarks
além de seus segredos peculiares.” (Dictionary of Symbolic Masonry e apresenta
sua relação com 31).
H. G. Grant – “Não pode considerar-se landmark da
Maçonaria o que não está estabelecido pelos escritos de nossos pais ou
reconhecidas autoridades como regra ou crença dos Franco-maçons em 1723, ou
antes, ou que não esteja aceita como marca.” (Ancient Landmarks with suporting
evidence, e apresenta sua relação com 54)
John W. Simons – “Consideramos como marcas os princípios de
ação que identificam com a forma e essência da Maçonaria, e, que a grande
maioria aceita, são invariáveis e todos os maçons estão obrigados a manter
intactos, sob pena de irrevogáveis sanções.” (Principles of Masonic
Jurisprudence, mas apresenta sua relação de 15)
Josiah Drummond – “Tudo quanto podemos saber é que são leis
e costumes existentes desde tempo imemorial. Se há algum uso universal de
origem desconhecida, é um landmark.” (Maine Masonic Text Book)
Jules Boucher – “Na Maçonaria francesa, a “Liberdade de
Pensamento” é um “landmark” fundamental e, paradoxalmente, este “landmark” não
tem limites!” (“La Symbolique Maçonnique”, pg. 217)
Luke A. Lockwood – “Os landmarks da Maçonaria são aqueles
antigos princípios e práticas que assinalam e distinguem a Maçonaria como tal,
e são fonte de jurisprudência Maçônica.” (Masonic Law and Practice,
apresentando 19 Landmarks)
Oswald Wirth – “Os landmarks são de invenção moderna e
seus partidários jamais conseguiram se por de acordo para fixá-los. Isso não
impede que os anglo-saxões proclamem sagrados esses limites essencialmente
flutuantes, que ajustam de acordo com seus particularismos. Cada Grande Loja
fixa-os de acordo com seu modo de compreender a Maçonaria; a maçonaria é
compreendida de modos muitos diferentes, razão das definições contraditórias,
destrutivas da unidade dentro de uma instituição que visa à concórdia
universal.” (Qui est Régulier)
Robert Morris – “Os dogmas invariáveis que a assinalam dão
a conhecer e mantêm os limites da Francomaçonaria.” (Dictionary of Freemasonry
e relaciona 17)
W. B. Hextal – “Os antigos landmarks da Francomaçonaria,
como todo outro landmark material ou simbólico, só se podem manter estáveis
quando se apoiam em seguros fundamentos. Ao se aprofundar o filósofo sobre a
pedra em que descansem descobre que o nosso seguro fundamento é o trino dogma
da fraternidade de Deus, a fraternidade dos homens e a vida futura. Todas as
leis, usos, costumes e métodos que não se apoiem neste dogma básico, serão
convenções ou acomodações, porém de modo algum participarão da natureza dos
antigos landmarks.” (Ars Quattuor Coronati, volume XXV)
Entre os
brasileiros nós podemos citar:
Henrique Valadares (Cayru) – “Os landmarks delimitam o que é Maçonaria
e o que não é Maçonaria: o que estiver nos landmarks, ou dentro deles, é
Maçonaria regular; o que estiver fora dos landmarks não é Maçonaria ou é
Maçonaria espúria”. São os “limites”. O Livro das Constituições de Anderson
refere-se aos “antigos Landmarks”, que devem ser “respeitados cuidadosamente”. (Antonio Onías Neto M .`. I .`.)
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